Coisificação do homem

Coisificação do homem

©Vanderli Medeiros

Nascemos cheios de esperanças,

O mundo, pelo nosso olhar de criança,

é grande, um gigante a ser conquistado,

que por nós será em breve domado;

Há o primeiro contato com conflitos da adolescência,

Sonhos, amores juvenis assalta-nos com insistência.

As primeiras decepções e dores, a exigir-nos penitência;

percepção de que há no mundo muita crueldade,

que ele não é feito só de amores, há desumanidade...

Que entre a terra, o céu, e o mar,

há mais mistérios e enigmas a desvendar;

que a felicidade é composta apenas de minutos fatídicos

a nos condenar, posteriormente, a tormentos oníricos.

Até o dia em que morre de vez em nós, num segundo,

o olhar de criança com o qual contemplávamos o mundo,

a nostalgia toma conta do ser, irremediavelmente, é doloroso...

Amanhecer para um novo dia, se torna cada vez mais penoso...

Morre o amor, a fé nos seres, ‘coisifica’ o homem,

humaniza-se e glorifica-se o vil metal ($)

morrerá o homem, eterno é o metal que nos consome...

Tolo bicho homem, verme da terra e p’ra ela voltará!

E, contemplamos o planeta cheio de seres alienados;

Destituídos de alma, correndo atrás do vil metal, bitolados.

Numa letargia louca, insana, demente, factual e desigual.

Nas ruas, muita gente aglomerada,

entregues a solidão,

abandonados...

Barra do Garças – MT – 11/07/04

http://geocities.yahoo.com.br/vanderlimedeiros/index.html

Vanderli Medeiros
Enviado por Vanderli Medeiros em 20/06/2005
Código do texto: T26223