ESPELHO DE QUIMERAS



Mais tarde, um dia… saberemos amar
o ganho não previsto que insisto
roçando, em cada poro, o céu do corpo
na magnólia das vértices que estampas.
Redes e moinhos deitados no eixo
nas pétalas de velozes desejos
na elasticidade dos cantos da boca
fartas do lirismo comedido
que anseiam libertação
Até que o silêncio fale cada vez mais
em olhos estrelados
conformando a realidade em ternas mãos
nas marcas de amor dos nossos lençóis
no nosso chäo feito de nuvens,
entre mergulhos por espelhos de quimeras
Sinto à vontade andando por labirintos
para ser lançada ao vento,
neste corpo que se insinua
entre tantos sinônimos
se perder no reverso da paixão consumida
surgindo do deserto
em leito mais seco
o amor...adoça, se contorce, se revira,...
e depois volta a ser...amor.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 17/11/2010
Código do texto: T2620715
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