QUALQUER SILÊNCIO


A noite me invade sem qualquer receio
e a solidão se aconchega em meu peito
Balbuciando seu ar tristonho
me envolvendo em seu abraço risonho
Ela não se importa com meu vazio
trás consigo um grande frio
Me perco em seus delírios

Olho a lua majestosa e faceira
me envolvo em seus prateados altares
em que só, não se limita, incita
E transponho os espaços
renego qualquer dor ou fato
E no jardim de minhas quimeras
floresce impiedosa a rosa
em suas pétalas audaciosas
transbordando a paz de outrora
onde qualquer sorriso
é a metamorfose de todo e qualquer silêncio.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 17/11/2010
Código do texto: T2619896
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