TOLO TEMPO

Eu tenho um sonho tolo

Que emana da juventude

Renego o meu presente

Queria voltar no passado

Ou avançar para o futuro

Não quero viver no hoje.

Abriria mão de memórias

Para reviver aquela noite

Para sentir o abraço e só

Desistiria da eternidade

Para acorda nova manha

Junto de ti, vale uma vida.

O futuro me tira a dançar

Uma canção de tal beleza

Feito uma flor que abrirá.

Passado insiste conversar

E contar sobre as historias

Que, já cansei de escutar.

Por isso de nada me vale

estas arvores sem flores

estas historias recriadas

Quero morrer de amores

No abraço da bela amada,

Respirar os teus ares hoje.

Contradição deste querer:

Renego passado ou futuro

Por um segundo presente

Esse, que amaldiçôo hoje,

Por ter meu amor ausente

A vagar na tolice do tempo.

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Quantos (tolos) nesta vida, tendo um amou ou não, encontram-se ou recordando amores do passado ou apostando em amores do futuro. Eu abro mão do amor do passado e do futuro, para ter o amor hoje. Afinal como diz Martha Medeiros: "Basta de fantasia. A mulher e o homem da nossa vida é quem está à mão e nos faz feliz". Faz, verbo do presente.

Filipe Aimi
Enviado por Filipe Aimi em 16/11/2010
Código do texto: T2619230