TOLO TEMPO
Eu tenho um sonho tolo
Que emana da juventude
Renego o meu presente
Queria voltar no passado
Ou avançar para o futuro
Não quero viver no hoje.
Abriria mão de memórias
Para reviver aquela noite
Para sentir o abraço e só
Desistiria da eternidade
Para acorda nova manha
Junto de ti, vale uma vida.
O futuro me tira a dançar
Uma canção de tal beleza
Feito uma flor que abrirá.
Passado insiste conversar
E contar sobre as historias
Que, já cansei de escutar.
Por isso de nada me vale
estas arvores sem flores
estas historias recriadas
Quero morrer de amores
No abraço da bela amada,
Respirar os teus ares hoje.
Contradição deste querer:
Renego passado ou futuro
Por um segundo presente
Esse, que amaldiçôo hoje,
Por ter meu amor ausente
A vagar na tolice do tempo.
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Quantos (tolos) nesta vida, tendo um amou ou não, encontram-se ou recordando amores do passado ou apostando em amores do futuro. Eu abro mão do amor do passado e do futuro, para ter o amor hoje. Afinal como diz Martha Medeiros: "Basta de fantasia. A mulher e o homem da nossa vida é quem está à mão e nos faz feliz". Faz, verbo do presente.