Rodrigo e Angélica
Angélica nada sabia do seu namorado
O que ele trazia guardado no peito
Tamanho carinho
Um amor tão profundo
Distante de um mundo
Que tanto se ocupa de outros caprichos.
Foi preciso o adeus
Para pedir a Deus que o trouxesse de volta
Do jeito que era
Pois, já não podia dormir tão vazia
Do seu grande amor.
Angélica gélida
Andava morrendo
Gemendo de dor
Moendo saudades do seu grande amor
Que até então não suspeitara
A falta imensa que fazia.
O fogo só ardia
Se os dois entrelaçados
Dormiam abraçados
Com as pernas sobre as pernas
E os lábios copulados
Separados, todavia,
Dormindo apartados
Amornavam a libido.
Angélica gélida
Rodrigo apático
Olhares distantes
Rodrigo vibrante
Angélica quente
Olhares atados
De um jeito e de outro
Sozinhos ou juntos
Amantes simétricos
Inatos românticos.