CANTOS DE DAMNED (8)
VIII.
A noite emaranhou-se em meus cabelos --
a névoa imaterial afeita a pensamento e dor.
Desço calçadas sufocadas por penumbra
e asco de bêbados pontuais, indiferente.
Cada janela à destra e à sinistra observa
o meu passar de largo exótica e sem rumo
-- mover de pálpebras discreto, silencioso
feito suspeita ou mesmo paranóia.Sigo
sem queixa, sem desculpa após meu vulto
-- coelho branco algum chamou minha atenção,
laborioso, fosso abaixo -- ah, a queda! --
pago essa injusta conta a do destino.