Amor, ...

Quando eu, amor, já me for bem distante,
hei de levar em meu peito a tua poesia.
Lembrando-me de ti, a todo instante,
meu caminho será de nuvens e de chuva fria.

E em tua face, amor, o pranto sempre constante,
há de mantê-lo muitas noites acordado...
Sentindo saudade dos prazeres de amante,
entenderás que teve finalmente fim o amor eternizado...

Quando releres os escritos de outrora,
e sentires a felicidade tão esquiva,
saberás da emoção que hoje me devora...

E sentindo a tristeza que hoje me consome,
deitarás a mão no papel, pesadamente,
e escreverás lentamente, amor...o meu nome.