O EU PURO

A minha palavra corre solta

Não se prende à linha casta,

De quando em quando uma rima,

Na poesia vasta.

Escrevo. É o que me basta.

Não procuro algo pronto,

Solto letras como louco.

Beijo vento, sonho.

A beleza não é manufatura, talvez certa

Mas não pura.

Escorregam versos de meus dedos

E retumbam, não ecoam, retumbam nas lágrimas

Fornecem vida ao tempo.

E se beijam na mágica de um sorriso.