Chuva
Ninguém escolhe poesia
Ela vem rarefeita em gotas
respingando nos úteros
A molhar inocentes por umbigos
Que crescem
Encharcados de palavras e emoções
Saem mundo a fora
pingando pelos papéis
Seus papéis de mundos
Mas não são imunes à Razão,
A capa que impermeabiliza os mortais
Das infinitudes dos céus molhados.