Chuva

Ninguém escolhe poesia

Ela vem rarefeita em gotas

respingando nos úteros

A molhar inocentes por umbigos

Que crescem

Encharcados de palavras e emoções

Saem mundo a fora

pingando pelos papéis

Seus papéis de mundos

Mas não são imunes à Razão,

A capa que impermeabiliza os mortais

Das infinitudes dos céus molhados.

LEANDRO RAMOS
Enviado por LEANDRO RAMOS em 15/11/2010
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