DA SOBREVIVÊNCIA

Forrageiras adornam

o manto verde,

pendões vergados

urgem colheitas.

Mãos calejadas,

curiosos dialetos de azáfama,

frustram da semente o

último suspiro.

O colóquio da fome

– fantasmagórica Espada de Dâmocles –

rompe o ciclo

no cotidiano mastigado.

– Do livro FORÇA CENTRÍFUGA. Porto Alegre: Livraria e Editora P. Alegre, 2ª ed., 1979, p. 41.

http://www.recantodasletras.com.br/poesias/2616726