POETA DAS ILUSÕES

Pensamentos me cobrem como manto nesta tarde de chuva pálida, ainda penso como pode ser essa fria distância que permeia o seu eu, e a imagem que pintaste em meu retrato. Oras! Como pode fingir ser o não sendo, cobrir-me com tuas palavras de amor ausente?
Não se finge amor eloquente, tampouco podes maltratar a quem lhe sorriu amores. Me perco pois a verdade é tão cega quando estamos frente a paixão. Nos doamos, completamos metades...enquanto o outro, sorri a nossa sorte.
Quem és? Não sei! E me espanta que nem mesmo tu "Porto", saibas.
Mas de tudo, o que arde em amargo sabor...é saber que anjo, nunca fora ...que é somente um leviano, insano tormento de si próprio. Poeta que transborda ilusões. Que traz na alma a sombra tatuada uma tristeza que derrama sobre as flores que toca.
Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 14/11/2010
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