CLAVE DE SOL PARA A ARTE
(in memoriam de Paschoal Carlos Magno)
Ai solidão cantada
em que os sons retomam o orvalho
de Pablo Neruda
e desenham lunares
nos mineiros de superfície.
Oh universo da Arte
dardos feridos pelo vento!
Zelai a Aldeia do Arcozelo, Paschoal!
tornai em nós,
da outra margem.
As canções de Montmartre permanecem
nas dançarinas de Toulouse Lautrec
e Van Gogh habita-nos
com seu chapéu boêmio.
– Do livro O SÓTÃO DO MISTÉRIO. Porto Alegre: Sul-Americana, 1992, p. 22.
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/2615232