Quando não há mais nada

Quando não há mais palavras

Quando não há nada a ser dito,

Eu espero.

Quando corri noites a fio

Quando sinto um calafrio

Eu entendo.

Quando tudo está desbotado

E a claridade vira um fardo

Eu desejo

Quando não há o que entender

Pois está muito além

Eu pergunto.

Quando eu grito e clamo por ti

Pois não há como sair

Eu fujo.

Luciana Mendes