NEGRA
Uma porcelana não imita em luxo,
O tesouro nosso que aqui aportou;
A linda pele negra, magia de bruxo,
Que no seu corpo todo ele pintou.
Os teus contornos são muito fortes,
Doce sorriso branco, mãos guerreiras;
Amamentou os filhos de portugueses,
Sem cobrar o suor das naus negreiras.
Mulher linda e de mistério distante,
Cativa sim, mas agora só no amor;
Olho-te, te admiro a todo instante,
Liberte para mim o seu esplendor.