Vaca Amarela, Pista!

Cabeça de mosca, olhos esbugalhados,

Ninguém merece o cheiro que traz,

Olhar irônico na comédia sem cabelos,

Rotunda gordura de quem foge do mar,

Pista de ônibus, trombada de aviões,

Falta muito mais ar nesse arame,

A cal virgem que rompe os vestígios,

Caixa prego, mangalô três vezes,

Rezou para todos os santos novamente,

Mas saiu abraçado aos demônios,

Martelo batendo no mesmo prego,

Todo jeito tosco de levar a coisa adiante,

Falta água para a lavadeira de plantão,

Dedos amputados no cérebro central,

Zepelim desinflou para pouso forçado,

Navalha na carne, tudo que o pó leva,

Ciclopes surgindo atrás da montanha,

Motor alcoolizado com híbrido de sal,

Tirou uma soneca pelo milênio passado,

Agora joga os chinelos na parede,

Entropia em concerto de trombones!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 11/10/2006
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