PSEUDOLIRISMO

Mentalmente inerte

ela perambula

num imenso jardim

de flores plásticas

sintéticas e estáticas

Ao som do vento

alheia ao sol

e às cores confusas

que lhe enchem a mente

obscura e vazia

Perdida dentro de si

no estranho Eden que a circunda

em vão procura a saída

No louco e inocente desespero

não vê mãos que lhe acenam

e a voz que grita seu nome

Desiludida e indiferente

ela continua seu longo passeio

na eterna rotina de sua morte-vida