Árina
Meus olhos - um dia, Árina - Serão janelas abertas!
alegres,
desbaratinadas!
Sempre, sempre escancaradas!
Mas tão escancaradas que por entre elas me inundarão teus raios,
A melodia esperta dos teus cachos e de sua língua presa.
Janelas onde vem pousar pássaros e paineiras.
Quando você olhar nos meus olhos, Árina
Eu quero que neles você ilumine minha alma inteira.
Então minha alma não abrigará mais nem uma sombra de tristeza
(Tampouco a tristeza milenar dos poetas que se sabem ruins).
Minha alma haverá de ser clara,
Clara como um rio
Clara como um riso bom
Clara como teu nome,
Alegre e simplesmente, Árina...
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