Loucura de amor

Bem no ponto,

Na sinuosidade

Das retas do teu corpo,

Preso na liberdade

Do teu laço,

Me faço,

Me encontro,

Te traço e...

Então me desfaço.

Como gaudi, picasso

Na simplicidade

Do surreal,

Realmente te abraço.

Te amasso, modelo,

Te acabo.

A gente se arruma

Se perde da rima

Mas e daí?

Às vezes se apruma

No silêncio do verso,

Pensa... pensa...se anima,

Se arrima na volta

Do clima, se solta.

E se solta

Bem no momento

Do garro, do sarro.

Do barro; do pó

Se fazendo à altura

Da mão do criador.

Na dor da criatura,

No inexplicável

Antimomento

Do eterno e fugáz

Prazer de entrar

Na sacralidade profana

Do teu amor.

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 13/11/2010
Reeditado em 13/11/2010
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