Loucura de amor
Bem no ponto,
Na sinuosidade
Das retas do teu corpo,
Preso na liberdade
Do teu laço,
Me faço,
Me encontro,
Te traço e...
Então me desfaço.
Como gaudi, picasso
Na simplicidade
Do surreal,
Realmente te abraço.
Te amasso, modelo,
Te acabo.
A gente se arruma
Se perde da rima
Mas e daí?
Às vezes se apruma
No silêncio do verso,
Pensa... pensa...se anima,
Se arrima na volta
Do clima, se solta.
E se solta
Bem no momento
Do garro, do sarro.
Do barro; do pó
Se fazendo à altura
Da mão do criador.
Na dor da criatura,
No inexplicável
Antimomento
Do eterno e fugáz
Prazer de entrar
Na sacralidade profana
Do teu amor.