OBJETO
O objeto do meu sadismo
É a outra habitando em mim
Esta outra que não se vai
Que diariamente expulso
Que daqui não sai
Que, a despeito,
Parece não ter fim
CLARIVIDêNCIA
Quando vejo
Do ceu o lampejo
Da maldade humana
Quanto vejo
Da isenção o prêmio
E a certeza
De preces e perdas
A perdurar no cosmos
A se perder
A nunca se encontrar
Nessa caótica massa
Nessa tradução impossível
Do sorriso perdido
Nas lembranças de Deus