OBJETO

O objeto do meu sadismo

É a outra habitando em mim

Esta outra que não se vai

Que diariamente expulso

Que daqui não sai

Que, a despeito,

Parece não ter fim

CLARIVIDêNCIA

Quando vejo

Do ceu o lampejo

Da maldade humana

Quanto vejo

Da isenção o prêmio

E a certeza

De preces e perdas

A perdurar no cosmos

A se perder

A nunca se encontrar

Nessa caótica massa

Nessa tradução impossível

Do sorriso perdido

Nas lembranças de Deus

taniameneses
Enviado por taniameneses em 13/11/2010
Código do texto: T2613143
Classificação de conteúdo: seguro