CORPO VADIO


Infindas horas de frio
no meu travesseiro vazio
nesta imensa vontade de você
Meu corpo vadio roçando desejos
ardendo em nossos segredos
Sedenta de teus beijos...
Viciada em teu gosto gostoso
nos traços do teu rosto
Me aperto, me aliso, me exploro
carente de tuas carícias
naufragando nos sais da ausência
num limite específico
Ávida de aventurar-me em tuas linhas
De prender-me em teu ego
a soluçar gemidos em fantasia
numa noite triste
impróprio de se lançar assim
entre arrepios me perco de mim
Chamo-te a cama
e tão vorazmente me ama
Abro as pernas na frente do espelho,
te peço que arranque o batom vermelho da minha boca,
que mais lateja atrevimento
na malícia da ousadia de te enlouquecer
E então percebo quanta distância
entre meu querer que faz arder
e a falta de você.
de não poder lhe pertencer...


Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 13/11/2010
Código do texto: T2612512
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.