Seria poema de junho?
Seria inverno se não houvesse tantas flores.
E seria primavera se não houvesse tanto inverno.
Mas há. Flores, frio e chuva.
Horizonte vedado pela cortina d'água.
Nenhuma montanha à vista.
Nenhuma estrela visível.
O jeito é imaginar um verde menos encharcado.
E sentir o perfume do jasmim que teima em despetalar no jardim.
Sexta-feira sem sombra de dúvida.
Sábado chegando com vento e trovoadas.
Com licença, eu vou à luta.
Travesseiro, cama enfeitada de nuvens e muitos sonhos prá sonhar.