SALA DE JANTAR
SALA DE JANTAR
Dei umas férias para as minhas mascaras.
Abri meu mundo em vermelho.
Prometi ser eu a mim mesmo
Mostrar-me nu como Adão.
Prometi trazer de meu universo tudo.
A beleza que todos mostram pouco importa
Sei mostrar apenas belezas e risos.
Sei usar mascaras para sobreviver e encantar
A proposta da noite é outra.
Aceito as mazelas dos meus convidados
Na noite do banquete o principal é ser o que quer ser.
Nada precisa ser escondido, tudo é aceitável.
Coloquei na mesa um pouco de mim.
Uma pitada do tradicional que habita em todos nos
Um ingrediente exótico que todos têm medo de usar.
Um toque de Salsa com uma pitada de delicadeza
Copos Azuis cor do céu para ser festa
Talheres de prata e ouro, pois a ocasião é nobre.
No coração a esperança de amizade
Mas como a brisa se foi à vela apagou
Tudo foi em vão.
Os novos evaporaram como a essência no difusor.
Quem perde são eles.
Eles deixaram de ter a chance de me ver.
Eu fui eu.
Passo a acreditar que passo a pecar.
Vejo um mundo anormal e irreal
Onde chibatas caem na educação.
O que é anormal é ser normal.
Eu propus mostrar tudo e aceitar tudo
Seja o que for como for por quem for.
Às vezes eu sofro por acreditar.
Patês de Sentimentos improvisados
Saladas para a novidade a surgir
Massa de minhas demonstrações
Doces para selar a amizade.
Restou apenas a ressaca
A educação da ligação para desculpas?
Não houve
A explicação do analgésico para dor?
Não houve
Houve apenas a taxação de minha ingenuidade
Vivendo e aprendendo
André Zanarella 18-05-2008