Amar: primeiros passos

Bate feito pulso calmo

Enrubesce o tom da face

Ao contato desmedido

Impávido e contido, nuance

A tornar, no peito, o ardor

Da flâmula reaquecida

Incôndito sentido: amor

Feito em forma tímida

No silêncio do subconsciente

A fagulha quente e ardente

Incômoda e de forma inconsciente

Inconexão entre sentidos e a mente

E se sabe o que há na origem?

Não teme a ti e desmente

O salpico e erições que fazem

Teu palpito fremente?

Toma atenção de repente

Passa por ti não mais despercebido

O sentido, e que não entende,

De alguém ou algo que mexe contigo

Pára e pensa. Alguma tormenta.

Sorri só. E passa despercebido.

Evita. Diz que é bobagem.

Suspira. Repensa e nega.

Vai passar os dias dialogando

Consigo no recato da alma

Fica sem graça a toa,

Na frente dos outros.

Então as lembranças de nada

Fluem em direção a alguém

E algum desdém brota

De uma intenção de fuga.

Critica e diz que é bobagem.

Suspira e sorri só.

Evita, repensa e nega.

Alguma tormenta e pesar.

Contido, brado e gemido

O primeiro amor vai surgindo

Devagar. Em meio a mente

Sentimento pungente, amar...

Alexander Herzog
Enviado por Alexander Herzog em 12/11/2010
Reeditado em 11/12/2011
Código do texto: T2611257
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