Amar: primeiros passos
Bate feito pulso calmo
Enrubesce o tom da face
Ao contato desmedido
Impávido e contido, nuance
A tornar, no peito, o ardor
Da flâmula reaquecida
Incôndito sentido: amor
Feito em forma tímida
No silêncio do subconsciente
A fagulha quente e ardente
Incômoda e de forma inconsciente
Inconexão entre sentidos e a mente
E se sabe o que há na origem?
Não teme a ti e desmente
O salpico e erições que fazem
Teu palpito fremente?
Toma atenção de repente
Passa por ti não mais despercebido
O sentido, e que não entende,
De alguém ou algo que mexe contigo
Pára e pensa. Alguma tormenta.
Sorri só. E passa despercebido.
Evita. Diz que é bobagem.
Suspira. Repensa e nega.
Vai passar os dias dialogando
Consigo no recato da alma
Fica sem graça a toa,
Na frente dos outros.
Então as lembranças de nada
Fluem em direção a alguém
E algum desdém brota
De uma intenção de fuga.
Critica e diz que é bobagem.
Suspira e sorri só.
Evita, repensa e nega.
Alguma tormenta e pesar.
Contido, brado e gemido
O primeiro amor vai surgindo
Devagar. Em meio a mente
Sentimento pungente, amar...