O sapo
O sapo estava só.
Ele nem sentia a solidão de seus dias.
O fato é que o sapo sempre andou só.
Seus amigos se foram.
E com eles suas dores.
Seus sabores.
Os amores.
Ficou só, o sapo.
Um monólogo de sapo,
Coisa de teólogo sapo.
O sapo é sapeca, arranjou uma perereca.
Nem liga para o que se diz dele.
O sapo viveu sua vida de sapo.
E eu, vivi a minha de gente.