...Dúbio...

Sem ver os frutos,

Decaídos ao chão,

Nas sombras dos morangos,

Despedaça-se o silêncio de alguns dias,

A solidão debruçada,

Em terras, beijos, searas,

Dói distante,

A ausente manhã,

A melodia morfina,

O que nos guarda o fogo antigo?

Qual veemência espera nosso vento?

Senão todas?

Como morrer na ousada água,

Colhendo da haste o seu melhor?

Quando cantas é que a mudez nasce,

Quando silencia é que a composição se aflora,

E quando não és – tenho que ser?

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 11/11/2010
Reeditado em 11/11/2010
Código do texto: T2608903
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