Clio

Hoje eu acordei poeta

E, sem sentido, conversava a rimar.

Deixei a porta aberta,

Alma livre, idéia esperta,

Pronta pra me aventurar.

Levantei-me às seis da manhã,

Costumeiro, tomei café e fui trabalhar.

Escrevi narrativas

E todas, muito vivas,

Puseram-se a vibrar.

Ouvi canções de cotovelo,

Amarrei o meu cabelo

E continuava sempre a narrar.

A história era alheia,

Eu construía uma teia

E não conseguia mais parar.

Levantei-me de repente,

E, olhando sempre à frente,

Consegui me alimentar.

Foi vivendo aquele presente,

Que pensei, muito contente,

Era hora de voltar.

Sentei-me na cadeira, apressada,

E, como quem não esperava nada,

Comecei novamente a narrar.

Memórias, histórias, músicas e poesias...

Detalhes que o tempo não pode apagar.

Inspirações, das nove, todas filhas!

Sons, palavras e risos a rimar.

A teia tecia-se sozinha

E a alma, livre, continuava a dançar.

Aquela História também era minha,

Pois me permitia, enfim, pesquisar.

Anja do tempo
Enviado por Anja do tempo em 10/11/2010
Reeditado em 10/11/2010
Código do texto: T2607247
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