Ou não! Talvez, quiça!




Inalo arte pura, nas formas abstratas sem fim

Sou o peso sufocante do que há em mim!

Sou lágrima de angústia,

Sem falar o que digo sem saber o rumo incerto,

num voo reto de concreto em asas de marfim



Sou melodia desabitada sempre a entoar

Medidas articuladas de pensar sem cessar.

Sou fogo congelado num mero versejar

sou o nada sincero querendo habitar



Sou alma de pó do distante inexistente.

A voz de amor veemente

Sou dom por meros instantes!


Preciso de ceder, de não mais acreditar,

de tentar talvez não sentir,

de me perder pra lhe encontrar


Não te tenho, nem lhe tenho visto, não preciso...

Não desisto! Permaneço.

Sinto-te aqui... Ou não! Talvez, quiça!
Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 09/11/2010
Código do texto: T2606061
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