Ou não! Talvez, quiça!
Inalo arte pura, nas formas abstratas sem fim
Sou o peso sufocante do que há em mim!
Sou lágrima de angústia,
Sem falar o que digo sem saber o rumo incerto,
num voo reto de concreto em asas de marfim
Sou melodia desabitada sempre a entoar
Medidas articuladas de pensar sem cessar.
Sou fogo congelado num mero versejar
sou o nada sincero querendo habitar
Sou alma de pó do distante inexistente.
A voz de amor veemente
Sou dom por meros instantes!
Preciso de ceder, de não mais acreditar,
de tentar talvez não sentir,
de me perder pra lhe encontrar
Não te tenho, nem lhe tenho visto, não preciso...
Não desisto! Permaneço.
Sinto-te aqui... Ou não! Talvez, quiça!