POESIA ABSTRATA

Sete da noite, na rua treze...

gente que vai, vem e volta,

de rostos cansados e tristes

passos ecoam

passam...

os passos seguem... Ouço-os!

agora, já distanciados

há uma mulher em cada esquina, Iza, Geny, Anita e Bárbara.

Meia noite na Rua Treze

No subconsciente, visão da negritude... Espectros! Imagens disformes vão-se

imersos pela estrada que finda na avenida das ilusões

Sexta feira na Rua Treze...

Lua cheia, madrugada em silêncio

cabelos arrepiados, coração acelerado...

Atravessei a encruzilhada e o dilema me acompanha.

Corpo e mãos trêmulas, apreensivas.

dia treze na Rua Treze

olhar de águia, suor frio

passos rápidos, respiração ofegante... Bem que queria ver os teus olhos, mas não posso, de repente... Tomo a água da coragem... Reflexão, abstração, alguém... Ninguém...!

Vou caminhando ao abstrato na odisséia da verdade!

Paulo Silveira de Ávila

Madalena Gomes
Enviado por Madalena Gomes em 09/11/2010
Reeditado em 09/11/2010
Código do texto: T2605813
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