POESIA ABSTRATA
Sete da noite, na rua treze...
gente que vai, vem e volta,
de rostos cansados e tristes
passos ecoam
passam...
os passos seguem... Ouço-os!
agora, já distanciados
há uma mulher em cada esquina, Iza, Geny, Anita e Bárbara.
Meia noite na Rua Treze
No subconsciente, visão da negritude... Espectros! Imagens disformes vão-se
imersos pela estrada que finda na avenida das ilusões
Sexta feira na Rua Treze...
Lua cheia, madrugada em silêncio
cabelos arrepiados, coração acelerado...
Atravessei a encruzilhada e o dilema me acompanha.
Corpo e mãos trêmulas, apreensivas.
dia treze na Rua Treze
olhar de águia, suor frio
passos rápidos, respiração ofegante... Bem que queria ver os teus olhos, mas não posso, de repente... Tomo a água da coragem... Reflexão, abstração, alguém... Ninguém...!
Vou caminhando ao abstrato na odisséia da verdade!
Paulo Silveira de Ávila