Volúpia.
Misterioso e sereno é este jeito de encaixar em minhas pernas,
É está forma de chegar assim como quem nada quer
E fazer meu corpo falar do que seguia em silêncio.
Não penso em mais nada quando estou em teus braços,
Quando rouco abre o mar de nossas ternuras rendidas
E exaustos orvalhamos os pingos de lábios secos.
Eu te beijo, te quero, te envolvo no enigmático concluir,
Dos assuntos pendentes em naufrágios que programamos.
Entendo tuas mãos nas minhas, tua pele movimentando,
Meus poros a te beber, tua carência a me assaltar.
Teus sorrisos a possuir minhas entranhas
Raiando a liberdade da inequívoca permanência
Destes murmúrios gemidos em desatino supremo.
Não há prefixos em ti... Vem dos sufixos teu fazer amor.
Isto é o que faz de ti homem, animal insaciável,
A saciar minhas melodias, perfeitas em tua volúpia.