Reclusão
Não pergunte porque me calo
Tenho silêncios doloridos
Muito mais do que falo
Meus silêncios são vividos
Tenho asas perdidas nos ventos
No meu outono de recolhimento
A crepitar nos pensamentos
Na agonia de um momento
Sou um corpo em avaria
Que se debruça confuso
Como bicho recluso