Minha morte
Durmo hoje e acordo
já não sou o que fui ontem
quando morro me restauro
para alêm do horizonte
Este é vasto, conhecido
não há nada aqui de novo
quero ir fundo quero ir alto
Sou poesia disfaraçada
o que tenho é o poema
minha essência, jóia rara
o meu corpo reticência
Este eu tenho e não terei
O que sou, sempre o serei
Minha casa é de barro
um barraco, lar pequeno
Vou morar em outro espaço
mais profundo e elevado
Entre duas consciências
durmo um sono sossegado
Morre frívola existência
Pra eu SER do outro lado!