A CASINHA AZUL

Vejo aquela casinha azul

cercada de madeiras na esquina

com janelas brancas para o sul

e de bicicleta passava uma menina.

Admiro uma terra sem ladeira

onde o longe fica perto

e o perto é só brincadeira

de criança ao sol encoberto.

OLhava eu a casinha azul celeste,

com cercas aramadas na esquina

no seu jardim havia um cipreste

e de bicicleta passava uma menina.

A cena era parte da rotina

da cidade tão querida do meu amor

um lindo povo de fala nordestina

de perto convivia com o calor.

A casinha azul me chamava a atenção

pelo seu aspecto interiorano

são coisas que preservam a tradição

aconchego do seu cotidiano.

Aquela casinha azul da esquina

me causava um linda sensação

e ao passar de bicicleta uma menina

logo depois passou um caminhão.

Foi uma semana inteira de felicidade

de férias ao lado do meu amor

foi triste ter que deixar aquela cidade

ao seu lado enxuguei lágrimas de dor.

Aquela casinha azul da cor do céu

se despediu parada na esquina

virei-me para olhar o seu dossel

não tinha mais a cena da menina.

E foi se despedindo os coqueirais

em cada lágrima vertida por ti

são sempre momentos sentimentais

ao som cantado pelo bem-te-vi.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 08/11/2010
Código do texto: T2603792
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