A CASINHA AZUL
Vejo aquela casinha azul
cercada de madeiras na esquina
com janelas brancas para o sul
e de bicicleta passava uma menina.
Admiro uma terra sem ladeira
onde o longe fica perto
e o perto é só brincadeira
de criança ao sol encoberto.
OLhava eu a casinha azul celeste,
com cercas aramadas na esquina
no seu jardim havia um cipreste
e de bicicleta passava uma menina.
A cena era parte da rotina
da cidade tão querida do meu amor
um lindo povo de fala nordestina
de perto convivia com o calor.
A casinha azul me chamava a atenção
pelo seu aspecto interiorano
são coisas que preservam a tradição
aconchego do seu cotidiano.
Aquela casinha azul da esquina
me causava um linda sensação
e ao passar de bicicleta uma menina
logo depois passou um caminhão.
Foi uma semana inteira de felicidade
de férias ao lado do meu amor
foi triste ter que deixar aquela cidade
ao seu lado enxuguei lágrimas de dor.
Aquela casinha azul da cor do céu
se despediu parada na esquina
virei-me para olhar o seu dossel
não tinha mais a cena da menina.
E foi se despedindo os coqueirais
em cada lágrima vertida por ti
são sempre momentos sentimentais
ao som cantado pelo bem-te-vi.
(YEHORAM)