Velejando
Nas crespas ondas de um mar bravio,
Velejo alhures sem destino certo,
Oh que tristeza, quanto vazio,
Inflamando a dor num peito aberto.
São mil castelos sem nenhum encanto,
Augurando paz na desesperança,
Quanta agonia a consumir o pranto,
Cruzo caminhos repetindo andanças.
Rubras adagas sobre o ombro ferido,
Qual fardo amargo de um ser sofrido,
Desventura envolta de triste torpor.
Não fora a fé a encorajar a alma,
Tranformando o pranto em sublima calma,
Bálsamo amigo, superando a dor.