Velejando

Nas crespas ondas de um mar bravio,

Velejo alhures sem destino certo,

Oh que tristeza, quanto vazio,

Inflamando a dor num peito aberto.

São mil castelos sem nenhum encanto,

Augurando paz na desesperança,

Quanta agonia a consumir o pranto,

Cruzo caminhos repetindo andanças.

Rubras adagas sobre o ombro ferido,

Qual fardo amargo de um ser sofrido,

Desventura envolta de triste torpor.

Não fora a fé a encorajar a alma,

Tranformando o pranto em sublima calma,

Bálsamo amigo, superando a dor.

wellmac
Enviado por wellmac em 08/11/2010
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