Quem sou?
Sou tudo, sou nada.
Nem igual, nem diferente.
Igualzinha a muita gente.
Não sou santa, nem demônio.
Sou um rio manso,
Que encontrou as corredeiras.
Que deslumbra o mar em fúria.
Sou menina carente, de alma latente.
A fera ferida, jamais esquecida.
A menina que chora inocente, envolvente.
A mulher feminina, a fera felina.
Sou o fogo do predador,
Que arde em brasas
Sou o calor da teimosia, que inebria.
Sou a impulsividade do ariano
Com seu erotismo e sensualidade
Sou alma perdida presa em versos
Sou a luz do luar que a tudo decora
Invado sua intimidade
Sem ter sua permissão
Acovardo-me diante do nada.
Mas não recuso um bom combate
Se recuo e avanço, é somente por proteção.
Sou o verso e o reverso
Sou dia, sou noite.
Sou apenas eu
A guardiã dos meus desejos