~Bumba-meu-boi~
De repente fiz um repente,
Quando vi o bumba-meu-boi...
O atabaque animava o boi,
Co'um gingado bem diferente...
Qu'encantava toda essa gente,
Em São Luís do Maranhão!
Foi debaixo d'um pontilhão,
Que o repente desabrochou...
E o Nordeste, assim preservou
Os costumes de antigamente!
Via o gado ser manobrado,
Ouvindo os cantos naturais,
Das carroças mui musicais —
No cerrado, qu’é ensolarado.
— Êta, Nordeste admirado!
Regozijar esse bel-prazer,
Um dia, volto, com prazer —
A São Luís do Maranhão...,
Que embeveceu meu coração,
Ver o atabaque no gingado.
Na cultura dos ancestrais,
Escreviam a melhor canção,
Mui repleta de inspiração.
Nas andanças nesses locais,
Contam histórias sensacionais...
Quando vinha o Carro de Bois,
E o vaqueiro tocando os bois —
Nas barrocas pelo cerrado...
Co’o berrante, Bem temperado,
Nas cantigas convencionais.
Pacco
* (Inspirado no Repente de Aldemaralves)