Eu e o Vento
Gosto do vento
Porque ele me vira do avesso
Com seu jeito travesso
Irreverente
Constante
Mudando tudo
Arrancando raízes
Que permaneceram fincadas
Tentando provar
Que a vida não é recomeço ...
Gosto do vento
Porque ele é passageiro
Como a vida que passa
Que me arrebata
Que me desmata
Mas que me insinua
Reações diversas
Até mesmo adversas
Ao que o mundo considera
Que uma mulher precisa ser sensata ...
Gosto do vento
Porque ele me fala
Que a sensatez
Tem várias formas
E que a loucura de vez em quando é uma delas
Que faz a vida mais bela
Mais cheia de encantos
E com muito menos prantos ...
Gosto do vento
Porque quero reações constantes
Para não passar em vão
Neste mundo cheio de ilusão ...
(poesia constante da XXI ANTOLOGIA POÉTICA PATRULHENSE - POESIA NA PRAÇA, lançada na Feira do Livro de Porto Alegre em 06/11/2010)