Primeira Noite De Um Amor Maduro
Primeira Noite De Um Amor Maduro
Ah, destino, a quantos imprevistos
jogas com as vidas de dois seres
maduros no auge da descrença,
da desesperança, da desilusão
dos momentos mágicos do amor...?
Há quanto tempo teces teias,
para dar-se o encontro dessas
almas tristes, como se fossem
antigos amigos, velhos companheiros
de jornada...?
Ah destino...
Faze com que eles sintam o amor brotar,
crescer, enraizar, até não caber
dentro do peito que explode de desejos,
como se fossem jovens de vinte e poucos anos!
Faze com que esperem o momento certo
de viver, sentir, amar como nunca,
sem reservas, sem medo...
E sem pudor entregar corpo, alma,
e jamais se culparem por amar demais...!
Na hora do amor... há que se soltarem,
viajar, unificar espírito, alma, essência, pureza...
Amar com os olhos, boca, mãos,
ouvidos, sentir o aroma dos corpos...
Aspirar profundamente o perfume inebriante,
química perfeita que arrepia, entontece,
faz da razão que nega o amor uma mentira,
ao sentir os desejos se multiplicarem,
tomarem forma, desde os primeiros toques
encabulados, até o transcender
da glória e vitória sobre o amor maduro,
na celebração de sua primeira noite de amor,
como se tivessem apenas vinte e poucos anos!