Primeira Noite De Um Amor Maduro

Primeira Noite De Um Amor Maduro

Ah, destino, a quantos imprevistos

jogas com as vidas de dois seres

maduros no auge da descrença,

da desesperança, da desilusão

dos momentos mágicos do amor...?

Há quanto tempo teces teias,

para dar-se o encontro dessas

almas tristes, como se fossem

antigos amigos, velhos companheiros

de jornada...?

Ah destino...

Faze com que eles sintam o amor brotar,

crescer, enraizar, até não caber

dentro do peito que explode de desejos,

como se fossem jovens de vinte e poucos anos!

Faze com que esperem o momento certo

de viver, sentir, amar como nunca,

sem reservas, sem medo...

E sem pudor entregar corpo, alma,

e jamais se culparem por amar demais...!

Na hora do amor... há que se soltarem,

viajar, unificar espírito, alma, essência, pureza...

Amar com os olhos, boca, mãos,

ouvidos, sentir o aroma dos corpos...

Aspirar profundamente o perfume inebriante,

química perfeita que arrepia, entontece,

faz da razão que nega o amor uma mentira,

ao sentir os desejos se multiplicarem,

tomarem forma, desde os primeiros toques

encabulados, até o transcender

da glória e vitória sobre o amor maduro,

na celebração de sua primeira noite de amor,

como se tivessem apenas vinte e poucos anos!

Iracema Zanetti
Enviado por Iracema Zanetti em 19/06/2005
Código do texto: T26021