SIMPLESMENTE MULHER

Mulher, a obra prima divina,

a sensação que me fascina,

a expressão do meu oposto,

o meu genuino gosto,

o meu contundente destino,

a alegria de menino.

O mais glamuroso despotismo

do meu inerme ser

faz fronteira com o classismo,

dúvida acerba do anoitecer.

Os sonhos compulsivos,

todos os meus motivos,

da vida a minha doce razão

sem resultados nocivos

remédio para o meu coração.

Mulher, nobre e vil criatura,

de todas as cores e idades,

minha maior ventura

razão de tantas saudades.

Tantas quantas mil

tantas quero ter

deste meu lado vil

do mais nobre ser.

Mulher quantitativamente

as vezes qualitativa,

brota como semente

na minha mata nativa.

Mulher, o bem e o mal;

o ferrão do mel,

o instinto maternal,

o glossário de Babel.

Mulher, eu quero ter,

mulher, eu sou teu,

como o sol é do amanhecer

e que a noite já se esqueceu.

Mulher, o gozo na pele,

o cheiro poluto que me santifica,

o incenso impoluto que me fere,

o culto do inculto que replica.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 07/11/2010
Código do texto: T2601617
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.