Mulher espectro
O que antes era matéria
Surge, agora, amorfo espectro
O espelho já não o projecta
É o fantasma da saudade
Que vive no meu intelecto
Vagueia no lusco-fusco
No preâmbulo da eternidade
É no limbo do crepúsculo
Que passeia a insanidade
Todo o fantasma que se preza
Estremece só de ver a própria imagem