Súplica

Oh dor rebelde que me consome o peito,

Suplício amargo no sentimento oculto,

Horizonte aflito de sonho desfeito,

Deixando marcas, delineando o vulto.

Qual canto insone de vestígio feito,

No crepitar sonoro do pensamento estulto,

Nos traz tormento de perene aleito,

A recordar o tempo na terra insepulto.

À cada prece com ardor sentida,

Elevando ao alto o coração clemente,

Jorra esperança, traz paz vivida,

Esculpindo o pranto outrora pungente.

Qual doce alento, bálsamo da vida,

No peito pleno a pulsar ardente,

Afasta a dor d'antes carpida,

Transformando o pranto em canto dolente.

wellmac
Enviado por wellmac em 07/11/2010
Código do texto: T2601287