ESTRELA.

ESTRELA.

Deitado no gramado verdejante,

O jovem olha para céu suplicante.

Sem lua é a noite quase escura,

Apenas brilha a estrela segura.

Está assim a alma do pobre poeta

Vivendo na profecia do profeta.

Acha que o brilho do belo astro

É sinal de vida em todo o seu rastro

Ignora que o brilho é do sol que morreu

Assim como foi um dia o sentimento seu

Anda vivendo um amor que acabou a ano luz

Na esperança de algo concreto que reluz

O romântico poeta vê estrela palpitante

Para a outra parte é dor quase flamejante

E ambos vivem no frio espaço

Corações perfurados pelo aço.

Uma parte quer acender o pobre sol

A outra parte quer voar como rouxinol

Como manter uma amizade pós-amor

Que na historia tem facetas de pura dor.

Sofre um por não querer

Sofre o outro por querer

A solução é minar a estrela morta

E quem sabe assim abrir uma porta

Para que ambos tenham a felicidade

E caminhem assim para a prosperidade

André Zanarella 24-10-2010