Eloqüência
Diz... como ecoa a voz desse peito,
Que já sem efeito, o sedativo se esvai,
E o luar, espelho cativo, da noite que cai,
Toma do mar, as ondas por açoite, e por leito...
Que sou do tropeço, a contraposição,
Transeunte sem teto, no afeto do solo, sem jeito...
O amor sem sujeito, alado em minha paixão.
Diz... se são as notas, na partitura a dar calma,
Ou se o partir da alma é, da despedida, a soleira,
Das labaredas, insanas, que o vento ao tempo espalma,
E então afligir é amedrontar, gotejar na fogueira.
Que sou da cautela, a mais pura ambivalência,
Inclinado abismo e, receoso de teu colo, à ribanceira,
Por loucura... por ventura... por tendência...
Então... diz, que meu grito emudeceu de repente,
Foi o mito da utopia mais forte,
Foi da luz, o dia... foi do passo, o norte...
E quando mais preciso... diz que estou ausente.
Porto Alegre, 09/10/2006
Diz... como ecoa a voz desse peito,
Que já sem efeito, o sedativo se esvai,
E o luar, espelho cativo, da noite que cai,
Toma do mar, as ondas por açoite, e por leito...
Que sou do tropeço, a contraposição,
Transeunte sem teto, no afeto do solo, sem jeito...
O amor sem sujeito, alado em minha paixão.
Diz... se são as notas, na partitura a dar calma,
Ou se o partir da alma é, da despedida, a soleira,
Das labaredas, insanas, que o vento ao tempo espalma,
E então afligir é amedrontar, gotejar na fogueira.
Que sou da cautela, a mais pura ambivalência,
Inclinado abismo e, receoso de teu colo, à ribanceira,
Por loucura... por ventura... por tendência...
Então... diz, que meu grito emudeceu de repente,
Foi o mito da utopia mais forte,
Foi da luz, o dia... foi do passo, o norte...
E quando mais preciso... diz que estou ausente.
Porto Alegre, 09/10/2006