Infante

Quietude inerte de harmoniosa noite,

Olhar voltado para a amplidão distante,

Corpos celestes qual suave açoite,

Brasões dourados no corpo do infante.

Aves noturnas num revoar dolente,

A perlustrar no espaço do infinito oculto,

Plácido bailado de evolução crescente,

Bela plumagem circunscrevendo o vulto.

Cálido orvalho de singelo manto,

Flores silvestres de matizes feitas,

Canção da vida sufocando o pranto,

Folhas caídas a rolar desfeitas.

Velejando alhures no caminho do tempo,

Na infinita estrada do meu percorrer,

Sinto lembranças de arrebatamento,

Singro distâncias no alvorecer.

wellmac
Enviado por wellmac em 06/11/2010
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