Lábios Solidão

Teus olhos anoitecidos,

Trazem alimento,

A raiz do ardor,

Um doce lilás sussurrado.

Isenta de sono,

Amante de estrelas,

Amiga do luar.

Teus lábios loucos,

Queimando teus rastros,

Em pés de fogo,

Em cálices de inundação.

Tua fonte iluminada,

Oriunda de ti,

Nas safras das noites,

Entre o ter e o não fim.

Vaga teu corpo – cintila teu luzir,

E no fundo de teu ser,

Ato minhas mãos a ti,

Finando nossa solidão... Talvez sem fim...

Diego Martins
Enviado por Diego Martins em 05/11/2010
Código do texto: T2598880
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