Não leiam!
Este poema não é para ser lido
Tem mais do que direitos de autor
É o submundo da minha alma
A vergonha do meu egocentrismo
Concebo-o eu, trago-o à luz
Para depois o meter numa gaveta
Fechada com o cadeado da indecisão
Não sei se o torne público
Ou o preserve da minha insanidade
Há nele uma castidade impune
Gravito em torno da minha essência
De mim não espero clemência
Nem aceito julgamentos
O veredicto assim mesmo
Alheio ao meu egoísmo
Decretou-me imunidade