POEMA DA SAUDADE



Sopra vento, lentamente
até encontrá-lo
o que não posso
e por tanto, choro

Toca a sua face,
com tudo que me arde
mas não o acorde,
leva consigo o amor que possuo
as vezes tão intenso
outras tantas tão triste


Triste por não ter asas e voar
por não ter meios pra se entregar
por tudo que amo, e não posso alcançar

Sopra vento, delicadamente
invada-lhe os poros
coloque em sua boca o que na minha cabe
do que não controlo, e ele tão pouco sabe
pois a ele pertenço, desde antes até o sempre,
eternamente...

Sopre vento, e diga bem baixinho
que me encontro perdida e sem destino
que é amor tudo o que sinto
Que a saudade queima tal qual brasa
e de lágrimas e sorrisos se disfarça

Vai vento, leva meus suspiros
recheados de desejos e de instinto
Vai livre assim como desejo ser
para enfim tocá-lo, penetrá-lo e senti-lo
adentrar sua alma e nunca mais partir.
Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 03/11/2010
Código do texto: T2594825
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