CONVITE


CAEM OS CABELOS...
NEGROS ENCARACOLADOS...
COMO FOLHAS AO VENTO..
SEM DESTINO, SEM DESPRENDIMENTO.
NUM OLHAR DE QUEM PENSA TUDO SABER
E NADA TEM A TEMER...
AO REDOR...
OLHARES EXPLICITOS,
CHEIROS E SABORES QUE SALIVAM PELA PRESA...
COMO QUEM OBSERVA A CAÇA...
DESEJOSO DE COMER...
NUM INSTINTO ANIMAL...
SEM CAMISA DEITADO SOBRE A VIDA...
ESPERANDO UM INCIDENTE QUALQUER...
NUM SOFRER DE GOZO EM ATO COBIÇANTE...
TANTOS SONS, DESEJOS, ARQUEJOS...
QUERENDO ADENTRAR
O SUBTERRÂNEO DA MULHER..
NA MACIEZ DA PELE...
NA PORCELANA PERFUMADA
NA ROSA CÁLIDA
NA AUDÁCIA DO CHEIRO
QUE DE EMBRIAGUEZ VEM DA BOCA
E SE FAZ TÃO LOUCA
QUANDO DOS LÁBIOS
DESLIZA A PRONÚNCIA ROUCA
ESSA VONTADE DE SE PERTENCER
E SEDUTORA DIZ:
SOU TÃO SUA,
ENTÃO VEM ME TER!

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 03/11/2010
Código do texto: T2593817
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