Morte

Pensamentos extravagantes sobre vida,

encontrei-me com a temível morte,

companhia sempre tatuada,

talvez os finados fizessem parte deste

reencontro inesperado,

regressa à terra corpo inerte, comunga

partilha com ela, alimenta outras vidas sequiosas,

liberta, qual tsunami impressionante toda uma energia

escondida,

num simples ai final,

entre choros, tremores escondidos,

saudade deixada suspensa,

encontra a luz, caminha sem receio terreno

o outro caminho,

nova encruzilhada constante no sopro sem vendavais

conhecidos,

ajudas esperadas, desejos escondidos.

Suspirei, não da escuridão desse final esperado,

sempre ignorado nas certezas do nascer de dia esplendoroso,

de noites em insónias permanentes,

se um grande amor tem final feliz

porque não transformar a ceifeira em algo belo,

loucura passageira olhando-me no espelho,

reparando em breve sorriso,

afinal não chegara o momento, hora,

essa circunstância, hoje poderia

ainda

descrever o sonho,

renascer de novo.