[A Agonia que nos Acossa] - revisitação
Se não havia antes,
então, surgiu agora;
ou havia,
e não foi notada,
ou até foi notada,
mas a gente a ignorou —
não importa mais! —
agora, sabemos bem
a dor dessa corrosão...
Adoecemos os dois;
ou antes:
adoeceu gravemente
o nosso ser comum!
O constructo ser teu e meu,
síntese mais preciosa
de toda as nossas vidas,
a esta hora, está enfermo!
Por isto, este vazio
em nossos seres pasmados;
este não-caminho diante
dos nossos olhos atônitos...
Aonde iremos levar essa
agonia que nos acossa?
[Penas do Desterro, 13 de outubro de 2009]
[Excerto do meu Caderno 4 - texto 131]