cadeados
Na noite da vida
a alma é escura e vazia
a sua porta de cadeados enfeitada.
Lá fora, do nada, surge o murmúrio da Madrugada
luz suave e crescente, depositando na alma
as primeiras sílabas de palavras ainda desordenadas e sem rima.
E de estrofe em estrofe, de verso em verso,
se vai construindo o Poema de todos os poemas.
Os cadeados, esses,
assim enferrujados pelo tempo
vão quebrando lentamente
e da Alma, se abre a porta
rendida aos brilhos do dia…
…Dos nossos Olhares!